Do que é feita cada vacina contra COVID-19
Depois de meses de incertezas, angústias e medo por conta da pandemia do coronavírus e a quantidade de casos, hospitalizações e óbitos, a vacina foi celebrada e, ao mesmo tempo, demonizada.
Depois de meses de incertezas, angústias e medo por conta da pandemia do coronavírus e a quantidade de casos, hospitalizações e óbitos, a vacina foi celebrada e, ao mesmo tempo, demonizada.
Diversas teorias acerca do assunto se proliferam em grupos de WhatsApp e em outras redes sociais, especialmente quando se refere à sua composição e eficácia.
É importante entender que cada vacina tem uma receita própria e que todas são aprovadas pela ANVISA (Agência Nacional da Vigilância Sanitária) e referendadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e pelas agências Europeia e Americana, a FDA.
Como é o desenvolvimento de cada vacina
A tecnologia desenvolvida nos últimos anos permitiu com que o processo de desenvolvimento de uma vacina se acelerasse com constância.
De acordo com as farmacêuticas e especialistas no assunto, a razão pelo aceleramento da receita é uma consequência da criação de uma vacina na década retrasada.
Após a pandemia do H1N1, ou da gripe suína, as pesquisas em torno de uma nova vacina começaram a ser desenvolvidas com tecnologia mais avançada, com a troca de dados e informações entre todos os envolvidos e a cooperação internacional com a OMS.
Como foi detectado a possibilidade de tratar o vírus com o Tamiflu, a pesquisa era atualizada até a chegada da COVID-19.
Com o impacto da doença, as pesquisas para um novo remédio puderam ser realizadas com mais rapidez ao aproveitar a tecnologia desenvolvida anteriormente.
O resultado é o desenvolvimento de mais de 30 vacinas, sejam em estudo, em testes e as que já tiveram a sua aprovação emergencial ou definitiva aprovada. As mais conhecidas e que são usadas em todo o mundo para imunizar a população global são:
- Oxford/AstraZeneca;
- Pfizer;
- Moderna;
- Janssen, com a Johnson & Johnson;
- Sputnik V;
- E Coronavac.
O Brasil não tem ainda em utilização no território a vacina russa, mas já utiliza as principais vacinas à disposição no planeta, com destaque para as vacinas produzidas em parceria com o Instituto Butantan, com a Coronavac, e a Fiocruz, com a vacina da AstraZeneca.
Do que é composto cada vacina
A composição das vacinas se resume em três tecnologias, sendo duas delas estreantes na campanha de imunização contra a COVID-19, fruto do processo criado durante a pandemia do MERS.
Vírus inativado: Usado na Coronavac, a principal vacina aplicada no Brasil no começo da campanha de vacinação, é composta pelo vírus Sars-Cov-2 sem a proteína que o torna capaz de replicar, semelhante à vacina da gripe.
A aplicação é feita em duas doses, respeitando o intervalo de 28 dias definido pelo fabricante e pelo Butantan.
RNA Mensageiro: Presente nas vacinas da Pfizer, usa o corpo do vírus através de uma parte do código genético para fabricar o anticorpo, fazendo com o que o sistema imunológico possa criar a resposta adequada no momento em que o vírus real invadir o corpo.
A recomendação do fabricante são as duas doses no intervalo de até 21 dias. O Brasil aplica o prazo de três meses para a dose de reforço, seguindo portaria da OMS.
Vetor Viral: Base da composição da AstraZeneca, Sputnik e Janssen, o modelo faz a mudança genética do adenovírus que infecta chimpanzés para que tenha uma parte da estrutura do coronavírus e, assim, o corpo reconheça o invasor e faça a defesa com os anticorpos.
No caso da vacina de Oxford, o prazo de intervalo entre as doses varia de quatro a doze semanas, não recomendado para gestantes por conta do risco de coágulos sanguíneos. A vacina da Janssen é aplicada em dose única.
Referência Bibliográfica
- https://saude.abril.com.br/medicina/tudo-sobre-as-vacinas-contra-a-covid-19-sendo-aplicadas-no-brasil/
- https://www.ipea.gov.br/cts/pt/central-de-conteudo/artigos/artigos/233-diferentes-tecnologias-garantem-seguranca-e-eficacia-das-vacinas-contra-covid-19
- https://portal.fiocruz.br/vacinascovid19